A chegada dos 40 anos na vida das mulheres pode ser um marco importante e promover várias transformações, desde emocionais a físicas. Esta pode ser uma fase de novas preocupações e decisões, de um novo olhar para o nosso auto-cuidado. É verdade que parecemos e fazemos por nos manter jovens por mais tempo, em comparação com as nossas mulheres ancestrais, no entanto o nosso corpo contabiliza os anos e neles delega as nossas hormonas.
Mais ‘’tic-tac’’ menos ‘’tic-tac’’, a perimenopausa (também chamada pré-menopausa) começa a dar sinais.
E o que a perimenopausa?
A perimenopausa é o período de tempo que antecede a menopausa (o momento na nossa vida em que os ovários deixam de produzir óvulos e, consequentemente, paramos de menstruar - consulta o artigo do nosso blog sobre menopausa aqui).
A perimenopausa começa geralmente alguns anos antes da menopausa, perto da década dos 40 anos, mas pode variar de mulher para mulher. Durante a perimenopausa, a produção dos níveis das hormonas estrogénio e progesterona começam a flutuar, o que pode levar a uma série de sintomas tais como irregularidades menstruais, ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor, insónias entre outros. Nesta fase há uma diminuição gradual dos níveis de estrogénio - hormona-feminina-chave para o nosso bem estar. Embora as flutuações hormonais possam variar significativamente de mulher para mulher, esta é uma fase de transição importante na nossa vida e carece de atenção, de forma a minimizarmos os possíveis impactos no nosso dia-a-dia.
As mudanças hormonais que podem ocorrer durante a perimenopausa são:
- Diminuição do estrogénio: o estrogénio é a principal hormona sexual feminina e desempenha um papel fundamental no ciclo menstrual e na regulação do sistema reprodutivo. Durante a perimenopausa, os níveis de estrogénio começam a diminuir gradualmente, levando à redução da regularidade e previsibilidade dos ciclos menstruais.
- Flutuações nos níveis de progesterona: a progesterona é outra hormona importante no ciclo menstrual, que ajuda a regular o revestimento uterino. Durante a perimenopausa, os níveis de progesterona também podem flutuar, resultando em ciclos menstruais irregulares.
- Aumento da hormona Folículo Estimulante (FSH): à medida que os ovários envelhecem e a produção de estrogénio diminui, a hipófise aumenta a produção da hormona FSH. A FSH desempenha um papel crucial na maturação dos folículos ováricos e na estimulação dos ovários para produzir estrogénio - níveis elevados de FSH podem ser um marcador da chegada da perimenopausa.
Estas flutuações hormonais podem levar a uma variedade de sintomas, tais como:
- Ciclos menstruais irregulares: os ciclos menstruais podem tornar-se mais curtos ou mais longos durante a perimenopausa; pode haver meses em não menstruamos; os sangramentos podem tornar-se mais leves ou mais intensos.
- Ondas de calor e suores noturnos: a baixa de estrogénio está associada a ondas de calor, também conhecidas como afrontamentos, que podem causar calor súbito, rubor facial, sudorese intensa e palpitações cardíacas; os suores noturnos, são ondas de calor que ocorrem durante o sono.
- Alterações de humor: muitas mulheres experimentam alterações de humor durante a perimenopausa como irritabilidade, ansiedade, depressão leve e alterações emocionais.
- Insónia e distúrbios do sono: as flutuações hormonais podem afetar o sono, levando a ocorrer insónias, dificuldade em adormecer ou manter o sono e acordar frequentemente durante a noite.
- Secura vaginal: a queda dos níveis de estrogénio pode causar ressecamento e atrofia vaginal, resultando em desconforto durante a atividade sexual, comichão, ardor e maior suscetibilidade a infecções do trato urinário.
- Perda de densidade óssea: o estrogénio desempenha um papel importante na manutenção da densidade óssea, consequentemente, a baixa de produção desta hormona na perimenopausa pode contribuir para a perda de massa óssea, aumentando o risco de osteoporose e fracturas ósseas.
- Alterações na pele e cabelo: podem ocorrer alguns sintomas estéticos, como a pele tornar-se mais fina, ressecada e propensa a rugas, bem como queda de cabelo ou afinamento dos fios.
- Ganho de peso: algumas mulheres podem notar um aumento de peso durante a perimenopausa, principalmente na região abdominal, devido às mudanças hormonais e ao metabolismo mais lento.
- Alterações no colesterol: a queda dos níveis de estrogénio pode afetar os níveis de colesterol, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
Atenuar a queda do estrogénio na perimenopausa pode ser alcançado através de algumas abordagens, que podem ser escolhidas com base nos sintomas individuais e nas opções terapêuticas preferenciais. É importante discutir as opções existentes com um médico ou ginecologista, pois o tratamento pode variar de pessoa para pessoa.
Algumas estratégias que podem ajudar a atenuar a baixa de estrogénio na perimenopausa, podem passar por:
- Suplementos à base de plantas: alguns suplementos à base de plantas, como a erva de São João, o trevo-vermelho e a cimicífuga (black cohosh), podem ajudar a aliviar os sintomas - é importante falar com o médico assistente antes de iniciar qualquer suplemento, pois pode interagir com outros medicamentos.
- Estilo de vida saudável: a adoção de um estilo de vida saudável pode ajudar a atenuar os sintomas da perimenopausa - ter uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, controle de peso, redução do consumo de álcool e tabaco, e práticas de relaxamento como yoga e meditação.
- Terapia comportamental: a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser eficaz para lidar com sintomas emocionais, como ansiedade e depressão.
- Antidepressivos: no caso de alterações de humor muito fortes e incapacitantes.
- Tratamento localizado para aliviar a secura vaginal: o uso de lubrificantes vaginais, cremes vaginais com estrogénio ou óleos íntimos podem ser recomendados - estes tratamentos são aplicados diretamente na área afetada e têm menos impacto sistémico.
É importante ressaltar que a escolha do tratamento deve ser personalizada com base nos sintomas individuais, histórico médico e preferências de cada uma. Além disso, qualquer forma de terapia hormonal deve ser cuidadosamente monitorizada por um médico para avaliar os riscos e benefícios, especialmente em mulheres com histórico de cancro de mama, doenças cardíacas ou outros fatores de risco.
Se te encontras nesta fase ou te identificas com algum sintoma aqui descrito, a primeira etapa importante é falar das tuas preocupações e sintomas com um profissional de saúde qualificado, que te possa orientar na melhor abordagem para atenuar a baixa de estrogénio.
A experiência da perimenopausa varia de mulher para mulher e nem todas nós experimentamos os mesmos sintomas. Há mulheres que passam pela perimenopausa com sintomas mínimos, outras podem enfrentar sintomas mais intensos. Se sentes que os teus sintomas são mais graves ou que afetam significativamente a tua qualidade de vida, é aconselhável procurares orientação médica para os aliviares e reduzires o risco de complicações a longo prazo, como a osteoporose.
Está atenta ao que o teu corpo te diz. Cuida de ti, sempre!
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Margarida L.
Fontes:
https://www.cuf.pt/mais-saude/o-que-acontece-durante-perimenopausa
https://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/1431475/a-perimenopausa-e-as-suas-caracteristicas.htm