Dia 8 de março, dia Internacional da Mulher

Dia 8 de março, dia Internacional da Mulher

Celebramos conquistas e falamos do flagelo da pobreza menstrual

Foi há mais de um século, em 1911, que o Dia Internacional da Mulher foi comemorado pela primeira vez, com o objetivo de se obter a igualdade de direitos entre homens e mulheres em todo o mundo. A ONU declarou o ano de 1975 como o “Ano Internacional da Mulher” e, a partir daqui, o dia 8 de março foi oficializado como Dia Internacional da Mulher. Este dia representa um momento crucial para celebrar as conquistas femininas ao longo dos tempos e refletir sobre os desafios que persistem.

O Dia da Mulher tem raízes profundas na luta por igualdade e justiça social. Desde a greve das operárias têxteis em 1857, até as conquistas do movimento feminista ao longo do século XX, esta é uma data que representa a força e a perseverança das mulheres na luta pelos seus direitos de igualdade, na vida e na sociedade.

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As mulheres conquistaram importantes avanços nas últimas décadas, no entanto ainda há muito a ser feito. 

Neste artigo falamos também do flagelo da pobreza menstrual, um tema feminino, de grande relevância e muita urgência para que se encontrem soluções.

A pobreza menstrual refere-se à falta de acesso a produtos menstruais básicos, como pensos higiénicos e tampões, devido à falta de recursos financeiros ou falta de informação. Esta é uma triste realidade, que impacta a saúde, a educação e o bem-estar de muitas mulheres e meninas, perpetuando as desigualdades de género.

A pobreza menstrual é um problema real que afeta milhares de mulheres e meninas, impedindo-as de participar plenamente na vida social, escolar e profissional. Existem consequências graves, relacionadas com a pobreza menstrual, tais como:

Abstenção escolar/laboral: meninas e mulheres podem faltar à escola ou ao trabalho durante a menstruação por não terem acesso a produtos menstruais.

Problemas de saúde: a falta de higiene menstrual pode levar a infeções e outros problemas de saúde.

Baixa autoestima: a pobreza menstrual pode levar a sentimentos de vergonha e isolamento.

‘’Envergonhada, triste, mal, suja, vulnerável, nojenta, desconfortável, inútil, diferente - foram algumas das palavras utilizadas pelas raparigas para descrever como se sentiram por faltar às aulas por não poderem comprar produtos menstruais’’ (lê-se aqui) - estudo feito pela Spirituc Investigação Aplicada em fevereiro de 2024.

‘’Falta de dinheiro para comprar produtos de higiene menstrual está a levar a que uma em cada dez raparigas portuguesas dos 18 aos 24 anos falte a aulas por não ter como fazer face à menstruação. Quase 1/4 admite já ter recorrido a outras soluções como um segundo par de cuecas, algodão, roupa velha ou meias’’ (lê-se aqui) - estudo feito pela Spirituc Investigação Aplicada em fevereiro de 2024.

Combater a pobreza menstrual é uma tarefa coletiva! Este é um problema que influencia diretamente a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. 

Felizmente já vamos assistindo a mudanças e existem iniciativas em curso, não só pelo mundo, mas também no nosso país. 

‘’Produtos de higiene feminina gratuitos em todas as escolas na Nova Zelândia’’ (lê-se aqui)

‘’Em novembro, a Escócia tornou-se o primeiro país do mundo a oferecer produtos de higiene feminina gratuitos para quem precisava, inclusive em locais públicos.’’ (lê-se aqui)

Programas governamentais e iniciativas de ONGs começam lentamente a distribuir nas escolas, pensos higiénicos, tampões e, em alguns casos, já incluem copos menstruais reutilizáveis gratuitos para mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade.

‘’A Câmara Municipal de Almada começou a distribuir kits menstruais, com produtos reutilizáveis, pelas escolas do concelho. Esta quinta-feira, 22 de fevereiro (2024), cerca de 40 alunas receberam um conjunto de produtos. Agora a autarquia quer alargar a iniciativa e oferecê-los a 900 estudantes, do 7.º ao 12.º ano. O kit contém dois pensos higiénicos reutilizáveis e um copo menstrual. O primeiro foi distribuído numa escola da Costa da Caparica. Os produtos foram escolhidos para combater “a pobreza menstrual e fazê-lo de uma forma ambientalmente consciente”. (lê-se aqui)

‘’O Município de Tavira iniciou a distribuição dos Eco-Kits Menstruais a todos os inscritos no Projeto Fora do Lixo – Eixo 2 “Produtos Menstruais”. A cada participante foi entregue um eco-kit menstrual constituído por 1 copo menstrual, 2 pensos higiénicos reutilizáveis, 1 guia informativo e uma 1 bolsa reutilizável. O Projeto pretende reduzir a utilização de produtos menstruais descartáveis, incentivando o uso de produtos menstruais reutilizáveis; desmistificar o tema da menstruação e do uso de produtos menstruais reutilizáveis; informar a comunidade, em particular a comunidade feminina, sobre formas de gerir a menstruação mais saudáveis, económicas e sustentáveis’’ (lê-se aqui). 

‘’Assembleia Municipal de Lisboa aprova a distribuição de produtos menstruais reutilizáveis nas escolas. Para “promover a igualdade no acesso à saúde e a promoção de hábitos de consumo sustentáveis”, a proposta dos socialistas prevê que as mais de 100 escolas do município distribuam produtos reutilizáveis, em vez de descartáveis, como copos e pensos higiénicos, às jovens que estudam em Lisboa, uma medida que a Escócia e a Nova Zelândia já implementaram recentemente a nível nacional.’’ (lê-se aqui)
Foi em 2022. Aguarda-se a implementação…

Campanhas que informam sobre a importância da higiene menstrual e combatem o estigma em torno da menstruação.

‘'Além da distribuição gratuita de produtos de higiene feminina reutilizáveis, nomeadamente copos e pensos reutilizáveis nas escolas públicas do município de Lisboa, a recomendação aprovada recomenda à Câmara Municipal a realização de campanhas de sensibilização, junto das escolas, realizadas por profissionais de saúde do centro de saúde ou unidade de saúde familiar, para a higiene menstrual, de forma a combater o estigma e a desinformação sobre o tema.’’ (lê-se aqui)
Foi em 2022. Aguarda-se a implementação…

A investigação e o desenvolvimento de soluções inovadoras estão a decorrer,  novas tecnologias e produtos menstruais mais acessíveis e sustentáveis já estão disponíveis e outros em desenvolvimento.

Tod@s temos o direito e o dever de participar e combater este flagelo!

No Dia Internacional da Mulher, que se possa novamente fazer ouvir este manifesto e que se encontrem soluções o mais rapidamente possível!

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Junt@s, podemos construir um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres e meninas!

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Margarida L.

Fontes: 

https://www.delas.pt/pobreza-menstrual-quase-1-4-das-alunas-portuguesas-usou-lencos-algodao-roupa-velha-e-meias/atualidade/965823/

https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/02/08/faltar-as-aulas-por-nao-ter-produtos-menstruais-acontece-a-12-das-raparigas/365892/

https://cm-tavira.pt/site/noticia/projeto-fora-do-lixo-inicia-distribuicao-de-eco-kits-menstruais/

https://www.publico.pt/2022/03/08/local/noticia/assembleia-municipal-lisboa-aprova-distribuicao-produtos-menstruais-reutilizaveis-escolas-1998085

https://sicnoticias.pt/saude-e-bem-estar/2021-02-18-Produtos-de-higiene-feminina-gratuitos-em-todas-as-escolas-na-Nova-Zelandia

https://www.am-lisboa.pt/101000/1/017542,032022/index.htm

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